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Sérgio Cabral é interrogado pela 1ª vez fora da prisão em processo da Lava Jato

Nesta segunda-feira (20), o ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, compareceu pela primeira vez em liberdade à Justiça Federal para um interrogatório relacionado à Operação Lava Jato. Ele chegou em uma cadeira de rodas ao tribunal no centro do Rio de Janeiro, devido a problemas de saúde, e pediu à Justiça a remoção de sua tornozeleira eletrônica para realizar uma ressonância magnética.

Cabral é acusado de ter repassado propina ao ex-governador Luiz Fernando Pezão, já absolvido no caso. Anteriormente, Cabral havia sido condenado, mas a sentença foi anulada e o caso retornou à primeira instância para novo julgamento. Em seu depoimento, Cabral negou as declarações que havia feito em 2020, quando firmou uma delação premiada com a Polícia Federal, e afirmou que suas confissões foram feitas sob "circunstâncias muito constrangedoras".

"Foi um grande constrangimento, uma tortura psicológica e física. Fui levado a oito presídios, prenderam minha esposa e invadiram a casa do meu irmão e da minha ex-mulher. Tudo isso está sob análise do CNJ [Conselho Nacional de Justiça]", declarou Cabral.

Ele também mencionou o juiz Marcelo Bretas, afastado por suspeitas de irregularidades na condução dos processos da Lava Jato, e agradeceu ao Supremo Tribunal Federal (STF) por anular sua delação premiada em 2021. Durante o interrogatório conduzido pela juíza Caroline Figueiredo, Cabral optou por ficar em silêncio após afirmar que mentiu em seu depoimento anterior.

O juiz Marcelo Bretas havia condenado Cabral a 32 anos e 9 meses de prisão, mas a sentença foi anulada. Pezão, por sua vez, havia sido condenado a 98 anos e 11 meses, mas foi absolvido pelo Tribunal Regional Federal da 2ª Região.

Este foi o 30º interrogatório de Cabral, sendo os anteriores realizados enquanto ele estava preso. Cabral ficou detido preventivamente por seis anos, respondendo a 37 ações penais, sendo 35 delas relacionadas à Operação Lava Jato. Desde sua libertação em dezembro de 2022, Cabral conseguiu anular algumas sentenças, mas ainda enfrenta 34 processos criminais, 32 dos quais ligados à Lava Jato.

As acusações contra Cabral incluem a cobrança de 5% de propina sobre grandes contratos durante sua gestão (2007-2014) e a ocultação de cerca de R$ 300 milhões em contas no exterior. Originalmente, suas penas somavam mais de 400 anos de prisão, mas foram reduzidas para 274 anos após anulações e revisões das sentenças.

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