Rádio Belford Roxo 24h

De acordo com o Instituto de Segurança Pública (ISP) do Rio de Janeiro, os crimes de estelionato no estado cresceram significativamente devido à tecnologia. Em 2014, foram registrados 201 casos de golpes virtuais. Já em 2023, esse número saltou para 11.485.

As deepfakes, tecnologias que permitem criar sons, imagens e vídeos digitais que parecem reais, estão cada vez mais acessíveis. Embora possam ser usadas para entretenimento, também têm sido utilizadas por criminosos para fraudes.

Golpes com Voz e Imagem Editadas
Um exemplo é o caso de Larissa (nome fictício), de 23 anos, estudante de enfermagem. Após transferir sua conta bancária para outro banco, começou a receber inúmeras ligações de números desconhecidos. Atendeu a uma dessas chamadas, onde foi solicitada a confirmação de dados pessoais. A voz de Larissa foi gravada e usada posteriormente em uma tentativa de golpe, onde sua mãe recebeu uma ligação supostamente da filha pedindo dinheiro.

Larissa não registrou ocorrência na polícia, mas cancelou a transferência bancária, trocou suas senhas e configurou seu celular para bloquear chamadas suspeitas. Sua mãe desconfiou da situação e evitou o golpe.

Golpes nas Redes Sociais
Marcelo (nome fictício), influenciador com 20 mil seguidores, foi vítima de um golpe em que um vídeo falso foi criado usando sua imagem e voz para promover um investimento fraudulento. Ele desmentiu o post e informou ter sido vítima de uma deepfake.

O Caso de Gabigol
Gabriel Barbosa, o Gabigol, jogador do Flamengo, teve uma entrevista adulterada para promover um site de apostas. O vídeo falso teve mais de 70 visualizações, e Gabigol usou suas redes sociais para alertar seus seguidores sobre o golpe.

Ações de Prevenção
Alexandre Pinto, especialista em segurança digital, destaca a importância da conscientização para prevenir fraudes. Ele ressalta que, mesmo com recursos tecnológicos, é crucial educar as pessoas sobre esses riscos. Lucas Cabral, especialista em segurança de dados, explica que criminosos treinam a IA para criar imagens falsas e que essas ferramentas, apesar de terem versões gratuitas, geralmente são pagas.

A Polícia Civil do Rio recomenda que possíveis vítimas registrem ocorrência. A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) alerta sobre golpes de engenharia social e orienta que, ao receberem ligações suspeitas, as pessoas devem buscar os canais oficiais do banco.

Rafael Kullmann, presidente da Comissão de Crimes Digitais da OAB/RJ, afirma que o uso de deepfakes para fraudes financeiras é crime, com punições que variam de quatro a oito anos de prisão.

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